Com o fim do sistema feudal (Idade Média, séc. XV), a
Europa (e o Novo Mundo recém invadido para ser acoplado ao mundo europeu) foi progressivamente
desenvolvendo e ampliando as práticas comerciais e industriais que já
existiam, mas que foram se tornando cada vez mais organizadas e racionais (Max Weber utiliza o termo "capitalismo racional" para explicar isto).
Após um período em
que a organização política mais recorrente era a monarquia (nobreza), as sociedades
da Europa foram se organizando em torno da ideia de Estado-Nação até chegarem
na implantação das repúblicas (res = coisa), em que o poder é
dividido em três partes (executivo, legislativo e judiciário) e quase todas as pessoas são
consideradas participantes do processo político e em iguais condições (embora
isto não ocorra plenamente, fica pelo menos no plano da intenção).
No século XIX surgiram
três (foram várias, mas vamos focar nestas três que mais se impuseram) propostas de
organização político-econômica: 1. as democracias burguesas (capitalismo
liberal); 2. o nacional-socialismo (capitalismo controlado pelo estado); 3.
comunismo (o capital aqui passa a ser plenamente controlado pelo estado, que assume o pleno controle dos bens, da saúde, educação, segurança etc.).
No século XX, estas
três formas vingaram em diferentes lugares e suas qualidades e defeitos também variaram de acordo com a conjuntura de cada um desses lugares. No final do século XX, com a queda do
comunismo soviético, o liberalismo se transformou em neo-liberalismo (agora, mais radical,
com a ideia de inibir ao máximo a presença do estado e de retirar todo tipo de
conquista trabalhista, além de propor a privatização de todo tipo de serviço -
incluído aí educação, saúde e segurança).
No Brasil, Lula conseguiu, timidamente, implementar algumas propostas
que mais se aproximam do modelo nacional-socialista, embora seu governo tenha seguido a pauta
neo-liberal (com algumas reservas).
Atualmente, o neo-liberalismo vive
uma crise profunda (alguns entendem que ele entrou em colapso) e vivemos um
impasse.
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