14 de junho de 2013

ESPECULAÇÃO SOBRE "A ORIGEM DO CAPITALISMO"

Com o fim do sistema feudal (Idade Média, séc. XV), a Europa (e o Novo Mundo recém invadido para ser acoplado ao mundo europeu) foi progressivamente desenvolvendo e ampliando as práticas comerciais e industriais que já existiam, mas que foram se tornando cada vez mais organizadas e racionais (Max Weber utiliza o termo "capitalismo racional" para explicar isto). 
Após um período em que a organização política mais recorrente era a monarquia (nobreza), as sociedades da Europa foram se organizando em torno da ideia de Estado-Nação até chegarem na implantação das repúblicas (res = coisa), em que o poder é dividido em três partes (executivo, legislativo e judiciário) e quase todas as pessoas são consideradas participantes do processo político e em iguais condições (embora isto não ocorra plenamente, fica pelo menos no plano da intenção). 
No século XIX surgiram três (foram várias, mas vamos focar nestas três que mais se impuseram) propostas de organização político-econômica: 1. as democracias burguesas (capitalismo liberal); 2. o nacional-socialismo (capitalismo controlado pelo estado); 3. comunismo (o capital aqui passa a ser plenamente controlado pelo estado, que assume o pleno controle dos bens, da saúde, educação, segurança etc.). 


No século XX, estas três formas vingaram em diferentes lugares e suas qualidades e defeitos também variaram de acordo com a conjuntura de cada um desses lugares. No final do século XX, com a queda do comunismo soviético, o liberalismo se transformou em neo-liberalismo (agora, mais radical, com a ideia de inibir ao máximo a presença do estado e de retirar todo tipo de conquista trabalhista, além de propor a privatização de todo tipo de serviço - incluído aí educação, saúde e segurança). 
No Brasil, Lula conseguiu, timidamente, implementar algumas propostas que mais se aproximam do modelo nacional-socialista, embora seu governo tenha seguido a pauta neo-liberal (com algumas reservas).
Atualmente, o neo-liberalismo vive uma crise profunda (alguns entendem que ele entrou em colapso) e vivemos um impasse. 

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